sexta-feira, 18 de maio de 2012
As duas faces de Deus
Ao contrário do que prega o catolicismo atual, Deus não é SÓ amor. Nunca foi. Em toda a bíblia temos várias passagens sobre Deus dando força a seus servidores para conquistar territórios alheios, matando todo o povo que ali vivia não importando se eram homens, mulher, crianças ou idosos. Nem os animais eram poupados. Após os massacres, as cidades ainda eram pilhadas. A maioria dessas passagens são citadas em Números e Deuterônimo.
Outro caso em que Deus destrói cidades pelo simples fato de não seguirem suas ordens, se passa ainda na Gênese, quando Sodoma e Gomorra são destruídas por causa do modo de vida libertino dos habitantes. Mesmo o melhor dos homens não foi poupado, a mulher de Ló se tornou uma estátua de sal apenas por tentar ter uma última visão do local onde morou gerações de sua família.
Esse post não é para falar mal de Deus, em hipótese alguma, mas para mostrar que mesmo a natureza dos anjos não é tão pacífica como muitos pregam. Anjos por si só são em sua maioria guerreiros tendo inclusive, salvo algumas exceções, aparência de monstros aterradores. Os mesmos anjos que nos protegem, por vezes são mandados a Terra para executar provações divinas ou para protegerem portais para locais sagrados, inclusive lutando contra alguns personagens bíblicos. É o que ocorre na história de Jacó, antes deste se tornar Israel. Existem teorias de que o que o atacou tenha sido uma entidade fluvial, outras correntes dizem que se trata do Arcanjo Uriel, protegendo as portas do paraíso, uma vez que o local onde Jaco se encontrava era o portal para o Éden, e o invasor possuia uma certa facilidade em projeção astral mostrada um pouco antes quando este vê a entrada para o paraíso.
Reparemos que em nenhum momento do Antigo Testamento Lúcifer como entidade é citado. O que mais temos são alguns Deuses antigos e ainda um segundo nome que aparece na história de Jó: Satan. Notemos também que por mais que Satan seja considerado o mestre do inferno, ele possui livre acesso ao céu, uma vez que para conseguir falar com Deus, ele se passou por um de seus servos. Sendo assim, ou Satan é capaz de alterar sua própria presença de tal modo a enganar Deus - ainda que este seja onisciente, onipresente e onipotente - ou podemos pegar a minha interpretação predileta: Assim como Nox é a sombra de Lux, Satan seria a sombra de Deus, a escuridão que havia antes de se criar a luz.
Admitindo tal hipótese, a maioria dos derramamentos de sangue para Deus e as guerras seria justificadas, enquanto um dos lados de Deus precisa de adoração, louvores e bondade o outro necessita desesperadamente de energias de guerra, morte, dor e sofrimento. Deus nesse contexto também estaria sob a lei da dualidade. Limitariamos um bocado e tentaríamos racionalizar algo teoriacemente irracionalizavel mas seríamos estúpido se seguissemos qualquer Deus que seja cegamente.
Um outro aspecto interessante é a questão de nomenclatura. Para falar de Deus no Antigo Testamento, podemos nos referir a ele como Javé, Jeová, Senhor, Altíssimo e até...Baal. Sim, em algumas passagens bíblias, geralmente quando o cenário é a Mesopotâmia, Deus também pode ser chamado de Baal (Senhor). Fazendo um paralelo com o deus Baal, ambos são ciumentos e possessivos ao mesmo tempo que são misericordiosos com seus fiéis. Engraçado não?
Continua...
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Muito interessante este texto onde você aborda os dois aspectos de Deus.
ResponderExcluirJá ouvi algumas vezes de que Shaitan seria o lado oposto de Deus. Assim como nós humanos: possuímos o DG e o SAG, basta à você decidir qual será o melhor caminho!
Ótimo post!
Paz e Luz!
Mika'el